Desespero

























O desespero deve ser esta febre que me 
queima os poros dos afectos. O muro 
de fogo onde a pele termina e a luz se 
divide. Há cravos a morrer por toda a 
terra que me cobre. Salmos a emparcelar 
os latifúndios do silêncio. Um sentido a
cair do seu norte incendiado. 

Salvam-me mãos pequenas. 
Suspiros ondulados onde mergulho 
os olhos ardidos. A infância nascida 
do meu sangue quando ainda era cedo.

1 comentário:

  1. A infância - a nossa e a dos outros - salvam-nos tantas vezes.
    Um bonito poema, Virgínia.
    Beijinho

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