O desespero deve ser esta febre que me
queima os poros dos afectos. O muro
de fogo onde a pele termina e a luz se
divide. Há cravos a morrer por toda a
terra que me cobre. Salmos a emparcelar
os latifúndios do silêncio. Um sentido a
cair do seu norte incendiado.
Salvam-me mãos pequenas.
Suspiros ondulados onde mergulho
os olhos ardidos. A infância nascida
do meu sangue quando ainda era cedo.
A infância - a nossa e a dos outros - salvam-nos tantas vezes.
ResponderEliminarUm bonito poema, Virgínia.
Beijinho